Há conversas que não podem mais esperar a edição. Há vozes que precisam ecoar no momento exato em que são pronunciadas. Há encontros que só acontecem quando o tempo é agora.

Por isso, o Programa Autonomia Feminina se expande. Depois de reunir histórias, reflexões e resistências em documentários e entrevistas gravadas, chegou a hora de atravessar a tela. Nasce “Vozes que Giram o Mundo” — um espaço ao vivo onde mulheres se encontram, se reconhecem e giram juntas as engrenagens do mundo.

A estreia acontece quinta-feira, 13 de novembro, às 19h, com transmissão ao vivo pelo canal da ACCA no YouTube. E não poderíamos começar com voz mais potente.

A mulher que transformou uma escola em trincheira

Beatriz Póvoa Coutinho será nossa primeira convidada. Artista visual, professora de Artes e criadora do premiado projeto “Marias: não se calem!”, ela fez o que muitos consideravam impossível: transformar uma escola pública em Campos dos Goytacazes (RJ) em território de escuta, acolhimento e enfrentamento à violência contra as mulheres.

Obras do projeto “Marias: não se calem!” — quando a arte denuncia e transforma

“Falar é resistir. E quando a escola vira espaço de fala, ninguém silencia mais.”
— Beatriz Coutinho

Beatriz Póvoa Coutinho, artista visual e professora, criadora do projeto “Marias: não se calem!”.

Três vozes, um mesmo pulso

Márcia Pelá — Doutora em Geografia pela UFG, pesquisadora e articuladora cultural. Diretora da ACCA e idealizadora da Plataforma Autonomia Feminina, constrói pontes entre arte, educação e direitos das mulheres.

Bruna Porto — Comunicadora popular e apresentadora, com trajetória em rádio, arte e cultura. Sua voz traduz complexidades com clareza e afeto.

Jade Klaser — Professora bilíngue e arte-educadora, formada em Pedagogia e Publicidade. Do Rio de Janeiro, traz o olhar poético e político que atravessa o programa.

Por que agora? Por que ao vivo?

Porque o momento exige presença. Num mundo de edições, filtros e atrasos, escolhemos o risco e a potência do tempo real. A palavra não editada. O olho no olho através da tela. A possibilidade do imprevisto.

“Vozes que Giram o Mundo” não substitui as edições gravadas do Autonomia Feminina — amplia. É expansão, não substituição. É o programa transbordando suas próprias margens.

“Não é um novo programa, é um novo tempo. Ampliamos nossa escuta, nossa presença e a força das palavras que circulam em rede.”
— Equipe ACCA

Nos vemos quinta-feira?