Desmistificando o 8M: Autonomia, Lutas Feministas e Conquistas no Brasil

8 de Março: das raízes históricas à construção de uma autonomia feminina coletiva

Há quem associe o Dia Internacional da Mulher a campanhas publicitárias, flores e brindes. No entanto, a trajetória do 8 de março está marcada por lutas intensas e contundentes em prol da autonomia feminina. Na virada do século XX, Clara Zetkin apresentou, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas (1910), uma proposta que resgatava as mobilizações de mulheres operárias contra jornadas abusivas e baixos salários. Esse ato político seminal lançou as bases para transformar a data em um símbolo global de igualdade de gênero e de reivindicações revolucionárias – sejam elas o direito ao voto, conquistado no Brasil em 1932, ou a garantia de condições de trabalho dignas.

Superando a mercantilização e resgatando o espírito de luta

Com o tempo, o 8 de março ganhou outros contornos: a relevância do debate sobre a violência contra a mulher e a disparidade salarial não raro se perde em meio a ações publicitárias e homenagens pontuais. Ainda assim, o 8M permanece como um chamado à reflexão profunda e à ação transformadora. No Brasil, essa história inclui capítulos marcantes, como a própria Lei Maria da Penha e a presença cada vez maior de mulheres nos espaços políticos. Mas a realidade ainda mostra que há um longo caminho a percorrer, seja na luta contra a mercantilização da data ou na garantia de direitos básicos, inclusive para grupos mais vulneráveis.

Ressignificando o 8 de março: autonomia em foco

Para além das conquistas históricas, a autonomia feminina figura como o fio condutor que conecta as demandas de ontem e de hoje. Autonomia implica ter poder de decisão sobre o próprio corpo, profissão, relacionamentos e participação política. É um conceito que engloba as diversas faces do ser mulher, da maternidade opcional à liberdade de orientação sexual, passando pelo acesso à educação e por políticas públicas que assegurem igualdade de oportunidades.
Em vez de se limitar a parabenizações, o 8 de março pede a lembrança de que foram as mobilizações coletivas que abriram portas para o protagonismo feminino. E as redes sociais, embora muitas vezes usadas para fins comerciais, também podem servir como potentes catalisadores de conscientização e debate, criando espaços de trocas que apoiam a formação de redes de apoio entre mulheres.

Convite à Jornada Coletiva: “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”

Reafirmando o espírito de transformação, a ACCA convida você a acompanhar nossa campanha “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”, que acontece de 5 a 13 de março. Ao longo desses dias, vamos compartilhar conteúdos exclusivos, depoimentos inspiradores e dicas práticas para fortalecer a sua autonomia. Para encerrar essa experiência transformadora, participe do nosso webinar do Programa Autonomia Feminina.
Inscreva-se agora e junte-se a nós na construção de um futuro em que cada mulher seja protagonista da própria história.

Por que participar?

  • Resgate histórico: Honrar as mulheres que conquistaram direitos fundamentais.
  • Olhar crítico: Analisar obstáculos contemporâneos, como a desigualdade salarial, o racismo e a transfobia.
  • Rede de apoio: Unir-se a quem acredita que um futuro mais igualitário se constrói coletivamente.
  • Prática transformadora: Levar discussões à vida prática, tornando a autonomia algo diário e palpável.

Reimaginando o 8 de março

Mais do que um marco no calendário, o 8M é um símbolo de resistência e esperança. Revisitar as raízes históricas — do movimento sufragista às lutas por equidade no Brasil — ajuda a manter viva a memória das pioneiras que abriram caminho. Agora, o desafio é transformar essa consciência em atitudes que façam diferença, seja no ambiente de trabalho, na política ou na vida pessoal.

Para construir essa mudança, participe da campanha “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”. Com uma programação que vai de dicas práticas a roda de conversas você se une a uma jornada que fortalece vozes, encoraja o protagonismo feminino e inspira transformações concretas. Afinal, repensar o 8 de março é refletir sobre como cada mulher pode exercer sua autonomia em uma sociedade que, pouco a pouco, avança na direção de um futuro mais inclusivo e justo.

Venha somar a sua voz e experiência, pois o 8 de março é, antes de tudo, um chamado à construção de um amanhã mais igualitário, inclusivo e repleto de autonomia para todas.

Referências para aprofundamento

  • Zetkin, C. (1910). Proposta no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas.
  • Blay, E. A. (2001). 8 de Março: conquistas e controvérsias.
  • Jornal UNESP. (2024). Apesar do forte apelo à mercantilização, Dia Internacional da Mulher segue relevante para a luta por equidade de gênero.
  • “Conquistas do Feminismo no Brasil”. Disponível em: nossacausa.com/conquistas-do-feminismo-no-brasil

8M: Reflexão e Ação – Troca de Saberes e a Luta pela Autonomia Feminina

O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, é mais do que uma data de celebração; é um marco histórico de luta e resistência por igualdade de gênero. Neste contexto, a ACCA (Associação Cultura, Cidade e Arte) promove a campanha “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”, ressignificando o 8M e convidando à transformação social.

A campanha destaca a importância da autonomia feminina, abrangendo o poder de decisão sobre o próprio corpo, profissão, relacionamentos e participação política. Um dos pilares dessa campanha é a live “Troca de Saberes: Cultivando Afetos e Tecendo Autonomia”, que acontece no dia 13 de março, às 19h, no canal do YouTube da ACCA.

A live é o ponto culminante da campanha e promove um diálogo enriquecedor sobre o poder dos saberes femininos, a troca de experiências como ferramenta de transformação e o fortalecimento de redes de apoio. Participam da live:

Iarle Sousa Ferreira: Professora de Filosofia do IFG e militante feminista.
Rosângela Soares Campos: Professora de Educação Física do IFG, com pesquisa em empoderamento feminino através do esporte.
Flávia de Almeida Pinheiro: Professora de Matemática do IFG, com atuação em projetos de apoio a mulheres em vulnerabilidade.
Mediação: Márcia Pelá.
O projeto “Troca de Saberes entre Mulheres, Cultivando Afetos e Tecendo Ações”, coordenado pela Professora Iarle Sousa Ferreira, do IFG, é um exemplo inspirador de como a união entre mulheres pode gerar transformação. O projeto promove o diálogo entre saberes acadêmicos e populares, criando um espaço de “interconhecimento” para o enfrentamento da violência misógina.

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Desmistificando o 8M: Autonomia, Lutas Feministas e Conquistas no Brasil

Esta matéria mergulha no significado histórico do 8 de Março, desde a proposta pioneira de Clara Zetkin até as conquistas contemporâneas do feminismo. Ao mesmo tempo em que revela a origem revolucionária do Dia Internacional da Mulher, ela questiona a crescente mercantilização da data e propõe uma reflexão sobre a autonomia feminina como fio condutor das lutas atuais. Com exemplos das vitórias legislativas no Brasil e das possibilidades de engajamento nas redes sociais, o texto mostra que o 8M segue firme como um chamado à transformação coletiva. A convite da ACCA, o leitor é ainda estimulado a participar da campanha “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”, entre 5 e 13 de março, e a refletir sobre como cada pessoa pode contribuir para um futuro mais justo, inclusivo e igualitário.

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Autonomia feminina: desafios, solidariedade e conquistas

Você já pensou em como a misoginia pode se manifestar internamente, afetando nossa autoestima e a forma como enxergamos outras mulheres?

Essa pergunta, lançada em uma live recente promovida pela Associação Cultura, Cidade e Arte (ACCA), vai ao cerne de um obstáculo muitas vezes invisível à autonomia feminina: a misoginia internalizada. Em pleno século XXI, mulheres avançam em diversos espaços, mas ainda enfrentam barreiras profundas – algumas explícitas, outras silenciosas. Quase metade das mulheres em países em desenvolvimento, por exemplo, ainda tem negado o direito de decidir sobre o próprio corpo em questões como sexo e contracepção. No Brasil e no mundo, a luta pela autonomia feminina ganha novas formas e urgência, seja nas conversas sobre ódio silencioso contra si mesmas, seja no combate à violência digital ou na conquista de espaços na arte e na cultura. As iniciativas da ACCA refletem esse contexto social atual, conectando conhecimento, ativismo e inspiração para fortalecer a voz e a autonomia das mulheres.

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