Prêmio RevelArtes promove mulheres artistas goianas

Com o objetivo de valorizar e promover a produção artística feminina no estado de Goiás, a primeira edição do Prêmio Revelartes: mulheres em cena abre inscrições na próxima segunda-feira (20/05).  Para participar, a pessoa precisa ser autoidentificada socialmente como mulher, cis ou trans e ser artista, com atuação e produção comprovada, nas áreas de teatro, dança, artes visuais, cultura popular, artesanato, música, literatura, performance, circo ou audiovisual. Pode ser brasileira ou estrangeira, mas tem que residir em Goiás há pelo menos três anos.

O prêmio é uma iniciativa da Associação Cultura, Cidade e Arte, em parceria com a Plano V Eventos e Cultura, o Grupo Bastet, artistas e pesquisadoras goianas, e tem o objetivo de dar visibilidade à produção artística feminina em Goiás; estimular o debate sobre a arte feminina na sociedade; valorizar e fortalecer mulheres artistas independentes na cena cultural goiana; revelar novos talentos femininos; produzir conteúdo virtual de arte feminina em diferentes linguagens e promover a cooperação entre os setores artístico e acadêmico.

A inscrição gratuita deverá ser feita no período de 20/05 até 20/06/2024. O edital completo e o formulário estão no link: https://culturacidadeearte.org/premiorevelartes/

Serão premiadas três artistas, uma residente em Goiânia, uma da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) e uma dos demais municípios do estado de Goiás. Cada uma vai receber R$1,5 mil e participar de um vídeo de 20 minutos, destacando sua trajetória e o processo criativo. As vencedoras também participarão da premiação, que será transmitida ao vivo, seguida de uma discussão aberta sobre questões relacionadas à arte feminina. Tudo por meio do site, redes sociais e pelo canal do YouTube da Associação Cultura Cidade e Arte. 

A comissão avaliadora selecionará três finalistas de cada uma das categorias (Goiânia, Região Metropolitana de Goiânia e demais municípios de Goiás), totalizando nove artistas. 

Uma votação popular, por meio do sistema eletrônico do site (https://culturacidadeearte.org) vai definir as vencedoras.

Para efeito de inscrição na categoria Região Metropolitana de Goiânia, os 20 municípios que compõem a RMG são: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nova Veneza, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.

*Arte feminina*

Inicialmente idealizado pela pesquisadora e presidente da Associação Cultura Cidade e Arte Márcia Pelá e pela pesquisadora, feminista e militante dos direitos humanos Daisy Caetano, o Prêmio Revelartes Mulheres em Cena conta com o reforço da produtora cultural e feminista Patrícia Vieira e pela coordenadora da comissão avaliadora, Marijara de Lima.

A ideia do projeto é discutir e promover a arte feminina feita em Goiás por mulheres, cis ou trans, a partir de questões como religiosidade e sociedade cisnormativa, racista e elitista. Márcia Pelá esclarece que estas mulheres fazem parte de um contingente de artistas que, devido à estrutura patriarcal da sociedade, são estigmatizadas e têm pouca ou nenhuma visibilidade. Daisy Caetano explica que a revelação e premiação de mulheres artistas vai estimular a percepção do papel libertador da arte para as mulheres e a reflexão social sobre elas mesmas, as pessoas que as rodeiam e as comunidades em que elas estão inseridas.

*Cultura, Cidade e Arte*

A Associação Cultura, Cidade e Arte é uma ONG independente, apartidária e sem fins lucrativos, que trabalha pela divulgação e descentralização do conhecimento nas áreas de educação, artes, gênero,ambiente, diversidade cultural e relações sociais contemporâneas.

Tem como principal objetivo a descentralização do conhecimento. Comprometida em interagir, propor e engajar. Visa promover o acesso ao saber e contribuir para uma sociedade mais inclusiva e justa.

A ONG atua em parceria com os setores público e privado, por meio da realização de eventos, cursos e ações experimentais. Já realizou o Festival de Artes de Goiás em  Parceria com o Centro Federal de Ensino Tecnológico de Goiás (de 1998 a 2003); a Mostra Multicultural Milton Santos (2002 a 2008), em parceria com o Sindicato  Associação dos Docentes da UFG; o projeto SBPC Vai à Escola (2016 a 2020), em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, entre vários outros projetos. 

Em 2022 iniciou o projeto “Revelartes: Mulheres em Cena” com a realização de uma websérie em que destacava a atuação de três artistas goianas já reconhecidas no cenário cultural, Carla Costa, Luciana Caetano e Ludmyla Marques. Nos vídeos publicados no YouTube, as artistas narram suas trajetórias e revelam outras mulheres artistas da zona rural, da periferia metropolitana e da capital, que ainda não tinham seus trabalhos amplamente divulgados.

Serviço:

Prêmio RevelArtes Mulheres em Cena

Inscrições: de 20/05 a 20/06 de 2024

Mais informações e edital completo:

Site ACCA

Página do Prêmio Revelartes 2024

8M: Reflexão e Ação – Troca de Saberes e a Luta pela Autonomia Feminina

O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, é mais do que uma data de celebração; é um marco histórico de luta e resistência por igualdade de gênero. Neste contexto, a ACCA (Associação Cultura, Cidade e Arte) promove a campanha “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”, ressignificando o 8M e convidando à transformação social.

A campanha destaca a importância da autonomia feminina, abrangendo o poder de decisão sobre o próprio corpo, profissão, relacionamentos e participação política. Um dos pilares dessa campanha é a live “Troca de Saberes: Cultivando Afetos e Tecendo Autonomia”, que acontece no dia 13 de março, às 19h, no canal do YouTube da ACCA.

A live é o ponto culminante da campanha e promove um diálogo enriquecedor sobre o poder dos saberes femininos, a troca de experiências como ferramenta de transformação e o fortalecimento de redes de apoio. Participam da live:

Iarle Sousa Ferreira: Professora de Filosofia do IFG e militante feminista.
Rosângela Soares Campos: Professora de Educação Física do IFG, com pesquisa em empoderamento feminino através do esporte.
Flávia de Almeida Pinheiro: Professora de Matemática do IFG, com atuação em projetos de apoio a mulheres em vulnerabilidade.
Mediação: Márcia Pelá.
O projeto “Troca de Saberes entre Mulheres, Cultivando Afetos e Tecendo Ações”, coordenado pela Professora Iarle Sousa Ferreira, do IFG, é um exemplo inspirador de como a união entre mulheres pode gerar transformação. O projeto promove o diálogo entre saberes acadêmicos e populares, criando um espaço de “interconhecimento” para o enfrentamento da violência misógina.

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Desmistificando o 8M: Autonomia, Lutas Feministas e Conquistas no Brasil

Esta matéria mergulha no significado histórico do 8 de Março, desde a proposta pioneira de Clara Zetkin até as conquistas contemporâneas do feminismo. Ao mesmo tempo em que revela a origem revolucionária do Dia Internacional da Mulher, ela questiona a crescente mercantilização da data e propõe uma reflexão sobre a autonomia feminina como fio condutor das lutas atuais. Com exemplos das vitórias legislativas no Brasil e das possibilidades de engajamento nas redes sociais, o texto mostra que o 8M segue firme como um chamado à transformação coletiva. A convite da ACCA, o leitor é ainda estimulado a participar da campanha “Autonomia Feminina: Da Consciência à Ação”, entre 5 e 13 de março, e a refletir sobre como cada pessoa pode contribuir para um futuro mais justo, inclusivo e igualitário.

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Autonomia feminina: desafios, solidariedade e conquistas

Você já pensou em como a misoginia pode se manifestar internamente, afetando nossa autoestima e a forma como enxergamos outras mulheres?

Essa pergunta, lançada em uma live recente promovida pela Associação Cultura, Cidade e Arte (ACCA), vai ao cerne de um obstáculo muitas vezes invisível à autonomia feminina: a misoginia internalizada. Em pleno século XXI, mulheres avançam em diversos espaços, mas ainda enfrentam barreiras profundas – algumas explícitas, outras silenciosas. Quase metade das mulheres em países em desenvolvimento, por exemplo, ainda tem negado o direito de decidir sobre o próprio corpo em questões como sexo e contracepção. No Brasil e no mundo, a luta pela autonomia feminina ganha novas formas e urgência, seja nas conversas sobre ódio silencioso contra si mesmas, seja no combate à violência digital ou na conquista de espaços na arte e na cultura. As iniciativas da ACCA refletem esse contexto social atual, conectando conhecimento, ativismo e inspiração para fortalecer a voz e a autonomia das mulheres.

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